sexta-feira, 8 de março de 2019

Origem - DIA INTERNACIONAL DA MULHER

A origem operária do 8 de Março





Mulher em protestoDireito de imagemGETTY IMAGES
Image captionDia Internacional da Mulher é hoje uma data marcada por protestos que pedem igualdade de gênero

Muitas pessoas consideram o 8 de Março apenas uma data de homenagens às mulheres, mas, diferentemente de outros dias comemorativas, ela não foi criada pelo comércio - e tem raízes históricas mais profundas e sérias.
Oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1975, o chamado Dia Internacional da Mulher é comemorado desde o início do século 20.
Hoje, a data é cada vez mais lembrada como um dia para reivindicar igualdade de gênero e com protestos ao redor do mundo - aproximando-a de sua origem na luta de mulheres que trabalhavam em fábricas nos Estados Unidos e em alguns países da Europa.
Elas começaram uma campanha dentro do movimento socialista para exigir seus direitos - as condições de trabalho delas eram ainda piores que as dos homens à época.
A origem da data escolhida para celebrar as mulheres tem algumas explicações históricas. No Brasil, é muito comum relacioná-la ao incêndio ocorrido em Nova York no dia 25 de março de 1911 na Triangle Shirtwaist Company, quando 146 trabalhadores morreram, sendo 125 mulheres e 21 homens (na maioria, judeus), que trouxe à tona as más condições enfrentadas por mulheres na Revolução Industrial.
No entanto, há registros anteriores a esse episódio que trazem referências à reivindicação de mulheres para que houvesse um momento dedicado às suas causas dentro do movimento de trabalhadores.

As origens dos Dia Internacional da Mulher

Se fosse possível fazer uma linha do tempo dos primeiros "dias das mulheres" que surgiram no mundo, ela começaria possivelmente com a grande passeata das mulheres em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York.



Marcha das mulheres na Rússia em 1917Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionNa Rússia, em 1917, milhares de mulheres foram às ruas contra a fome e a guerra; a greve delas foi o pontapé inicial para a revolução russa e também deu origem ao Dia Internacional da Mulher

Naquele dia, cerca de 15 mil mulheres marcharam nas ruas da cidade por melhores condições de trabalho - na época, as jornadas para elas poderiam chegar a 16h por dia, seis dias por semana e, não raro, incluíam também os domingos. Ali teria sido celebrado pela primeira vez o "Dia Nacional da Mulher" americano.
Enquanto isso, também crescia na Europa o movimento nas fábricas. Em agosto de 1910, a alemã Clara Zetkin propôs em reunião da Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas a criação de uma jornada de manifestações.
"Não era uma questão de data específica. Ela fez declarações na Internacional Socialista com uma proposta para que houvesse um momento do movimento sindical e socialista dedicado à questão das mulheres", explicou à BBC News Brasil a socióloga Eva Blay, uma das pioneiras nos estudos sobre os direitos das mulheres no país.
"A situação da mulher era muito diferente e pior que a dos homens nas questões trabalhistas daquela época", disse ela, que é coordenadora da USP Mulheres.
A proposta de Zetkin, segundo os registros que se tem hoje, era de uma jornada anual de manifestações das mulheres pela igualdade de direitos, sem exatamente determinar uma data. O primeiro dia oficial da mulher seria celebrado, então, em 19 de março de 1911.



Protestos das sufragistas pelo direito de votar nos Estados Unidos em 1913Direito de imagemGETTY IMAGES
Image captionEm 1913, as mulheres já protestavam pelo direito de votar nos Estados Unidos; nessa época, eram frequentes os protestos também por melhores condições de trabalho.

Em 1917, houve um marco ainda mais forte daquele que viria a ser o 8 de Março. Naquele dia, um grupo de operárias saiu às ruas para se manifestar contra a fome e a Primeira Guerra Mundial, movimento que seria o pontapé inicial da Revolução Russa.
O protesto aconteceu em 23 de fevereiro pelo antigo calendário russo - 8 de março no calendário gregoriano, que os soviéticos adotariam em 1918 e é utilizado pela maioria dos países do mundo hoje.
Após a revolução bolchevique, a data foi oficializada entre os soviéticos como celebração da "mulher heroica e trabalhadora".

Data foi oficializada em 1975

O chamado Dia Internacional da Mulher só foi oficializado em 1975, ano que a ONU intitulou de Ano Internacional da Mulher para lembrar suas conquistas políticas e sociais.
"Esse dia tem uma importância histórica porque levantou um problema que não foi resolvido até hoje. A desigualdade de gênero permanece até hoje. As condições de trabalho ainda são piores para as mulheres", pontuou Eva Blay.
"Já faz mais de cem anos que isso foi levantado e é bom a gente continuar reclamando, porque os problemas persistem. Historicamente, isso é fundamental."



Marcha das mulheres para celebrar o Dia da Mulher em LondresDireito de imagemEPA
Image captionCartaz em Londres dizendo 'O futuro é feminino': mulheres de todo o mundo fazem marchas e protestos por direitos iguais na semana do 8 de Março

No mundo inteiro, a data ainda é comemorada, mas ao longo do tempo ganhou um aspecto "comercial" em muitos lugares.
O dia 8 de março é considerado feriado nacional em vários países, como a própria Rússia, onde as vendas nas floriculturas se multiplicam nos dias que antecedem a data, já que homens costumam presentear as mulheres com flores na ocasião.
Na China, as mulheres chegam a ter metade do dia de folga no 8 de Março, conforme é recomendado pelo governo - mas nem todas as empresas seguem essa prática.
Já nos Estados Unidos, o mês de março é um mês histórico de marchas das mulheres.
No Brasil, a data também é marcada por protestos nas principais cidades do país, com reivindicações sobre igualdade salarial e protestos contra a criminalização do aborto e a violência contra a mulher.
"Certamente, o 8 de Março é um dia de luta, dia para lembrarmos que ainda há muitos problemas a serem resolvidos, como os da violência contra a mulher, do feminícidio, do aborto, e da própria diferença salarial", observou Blay.
Segundo ela, mesmo passadas décadas de protestos das mulheres e de celebração do 8 de Março, a evolução ainda foi muito pequena.
"Acho que o que evoluiu é que hoje a gente consegue falar sobre os problemas. Antes, se escondia isso. Tudo ficava entre quatro paredes. Antes, esses problemas eram mais aceitos, hoje não."

Fonte: https://www.bbc.com/portuguese/internacional-43324887

terça-feira, 19 de fevereiro de 2019

SÍMBOLO DO FEMINISMO

Conheça a história de Rosie, ilustração 

símbolo do feminismo.

Rosie, a Rebitadora (Foto: Wikimedia Commons)
ROSIE, A REBITADORA (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)
Hoje conhecida como símbolo feminista, a ilustração de Rosie, a Rebitadora, demorou para fazer sucesso. Ela foi criada durante a Segunda Guerra Mundial pelo governo dos Estados Unidos, mas só se tornou famosa anos depois, na década de 1970.
O cartaz — que hoje é icônico — foi exibido apenas por algumas semanas durante a guerra, em uma fábrica do meio oeste da Westinghouse Electric and Manufacturing Company, nos Estados Unidos. O cartaz contava com a frase "We Can Do It!", que em português significa: "Nós podemos fazer isso!". "Não foi encomendado pelo governo dos EUA e nem sequer destinava-se a opinião do público em geral. Apenas um número relativamente pequeno de pessoas viu isso na época", escreveu Flavia Di Consiglio para a BBC.
Cartaz (Foto: Reprodução)
O cartaz fazia parte de uma série, que também incluiu imagens como uma em que se lia: "Dúvida sobre o seu trabalho?... Pergunte ao seu supervisor". É bastante claro que essa imagem foi criada para um exercício corporativo e não para ser símbolo do empoderamento feminino.
Mas em meados dos anos 1970, com o fortalecimento do movimento feminista, a ilustração voltou à tona, já que mostra uma mulher forte e independente. "A imagem é certamente impressionante e se apropria da imagem familiar de Popeye nos momentos em que ele está prestes a partir para resgatar donzelas em perigo com ajuda de sua força sobre-humana", afirmou Jim Aulich na reportagem.
A Rosie verdadeira
Em 1943 entretanto, uma outra capa com "Rosie, a Rebitadora" foi criada. Nela vemos uma mulher grande sentada em um pilão, comendo um sanduíche de presunto enquanto segura uma máquina. Ao contrário da sua "irmã" famosa, essa personagem está coberta de graxa, por conta de seu trabalho. 
Rosie (Foto: Reprodução)
Outras Rosies apareceram, como a "Rosie ao Resgate", mas a primeira de que se tem notícia é a que surgiu de uma composição de Redd Evans e John Jacob Loeb, que aparece em uma música chamada "Rosie the Riveter".
Além disso, por mais contraditório que pareça, o uso do cartaz pelo governo norte-americano We Can Do It! estava longe de ter intenções feministas. "Claro, durante a guerra as mulheres foram encorajadas a se juntar à força de trabalho, mas com o entendimento de que abdicariam de seus postos assim que os soldados retornassem. Era seu dever", alega Stephanie Buck no Timeline.
(Com informações de Smithsonian.com.)


Fonte: https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/noticia/2017/12/conheca-historia-de-rosie-ilustracao-tida-como-simbolo-do-feminismo.html

EMPODERAMENTO FEMININO



Taí uma expressão que não sai da mídia, mas, se perguntarmos o que significa “empoderamento feminino”, poucas pessoas vão saber responder com propriedade.  Pois bem, se você também tem essa dúvida fica comigo nesse texto em que eu busco trazer um pouco mais de clareza para essa questão e tudo mais que ela envolve, inclusive aquilo que não é alardeado pela mídia/redes sociais.

Nesse artigo você vai ver:
– Breve perspectiva histórica sobre o tema
– Como empoderar uma mulher que não acredita em si mesma?
–  Existem princípios para esse empoderamento?
– Os 7 princípios de empoderamento das mulheres, segundo a ONU
– 4 princípios internos  fundamentais para o empoderamento feminino

Breve perspectiva histórica sobre o tema


Empoderar pode significar dar ou adquirir poder para si próprio ou outra pessoa. Como uma adaptação do termo inglês  empowerment,   seu significado ainda não é unânime na língua portuguesa. Porém, para além das discussões sobre a origem do conceito de empoderamento, que não me parece ser importante aqui, é fato que  a expressão “empoderamento feminino”  está sendo  largamente utilizada nos meios digitais e ainda causa confusão quanto ao seu real significado.
A expressão é fruto de uma evolução histórica. Até bem pouco atrás as mulheres não tinham seus direitos básicos reconhecidos. Ao longo da história humana, elas tiveram sua inteligência e capacidades subjugadas, ora vistas apenas como reprodutoras, ora vistas como inferiores aos homens, daí que não poderiam ter os mesmos direitos.
Movimentos sociais que prezavam pela liberdade, igualdade e direitos naturais,  como Iluminismo, Revolução Francesa e Revolução Industrial  começaram a dar voz às mulheres que então passaram a se articular  em movimentos pelos seus direitos básicos que, à época, compunham a força de trabalho das indústrias, mas possuíam uma carga de trabalho maior e remuneração menor que a dos homens.  Vale registro também o movimento feminista negro que trouxe a realidade das mulheres negras para o cenário de discussão do movimento feminista original nos Estados Unidos da década de 60.
A partir desses movimentos, mulheres ao redor do mundo e em situações distintas se organizaram para lutar pelos seus direitos básicos ,  contra o opressão negra, o sexismo, a desigualdade de gênero  e o racismo, todos intimamente interligados.
O termo “empoderamento feminino”  tem sua origem cunhada nas conquistas desses movimentos que levantam a bandeira dos direitos das mulheres pela  igualdade de gênero, não violência, direito à educação, saúde, direito ao voto, entre tantos outros.

Mas, como empoderar uma mulher que não acredita em si mesma?



Hoje, essa expressão pode ser entendida também como um dos principais objetivos desses movimentos feitos por mulheres para mulheres: o de resgatar o poder de cada mulher, de dar voz à cada mulher, o de promover a conscientização individual para que no coletivo sejam realizadas as mudanças de ordem social, política, econômica, cultural e, porque não dizer, religiosas, no contexto atual da mulher. E é maravilhoso ver ao redor do mundo inteiro o levante de diferentes mulheres, com diferentes crenças e realidades, buscando trabalhar o empoderamento de outras tantas, num esforço conjunto de transformação da realidade em que vivemos na busca pelo equilíbrio, a paz, a harmonia, o respeito e a igualdade entre homens e mulheres.
Porém, na minha modesta opinião, o termo empoderamento feminino está ainda além do contexto sócio-político-econômico-cultural mencionado acima. Para mim, trabalhar o empoderamento da mulher é ir mais fundo na origem das crenças que toda mulher alimenta a respeito de si mesma. Se não podemos alcançar o espaço onde estão armazenadas essas crenças mais profundas e ali realizar as transformações de ordem estrutural – intelecto-emocionais – que são necessárias, todo esse esforço no campo social  pode restar pouco frutífero.
Isso porque uma pessoa, uma mulher somente pode dar a si mesma ou à outra, se ambas reconhecem em si mesmas o seu poder interno pessoal, seus potenciais e habilidades, as forças que contribuem e impulsionam a construção de um espaço de respeito por si mesma, de atitudes concretas na busca da realização dos seus principais sonhos e objetivos.
A mudança se realiza de dentro para fora! Como empoderar uma mulher que não acredita em si mesma, que não possui  amor próprio suficiente para lhe conduzir à realização dos seus sonhos e objetivos, que não reconhece o seu próprio poder e que não acredita (ou não sabe que possui) nos recursos internos que possui para transformar sua própria realidade?
Se não dotarmos essa mulher contemporânea de conhecimento, mas também de competências e habilidades emocionais que lhe permitam recriar sua realidade, nossos esforços terão menos resultados do que poderíamos alcançar. O empoderamento feminino, na minha visão, parte de uma perspectiva individual para o coletivo: uma mulher que se cura, que se empodera, naturalmente impulsiona a cura e o empoderamento das mulheres ao seu redor, esteja ela consciente disso ou não.

Existem princípios para este empoderamento?

Nessa perspectiva de empoderamento feminino a partir desses movimentos sociais,  a ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e Empoderamento das Mulheres –   tem encabeçado várias campanhas sobre a temática ao redor do mundo, nas quais trabalha toda essa ideologia das discussões de gênero, sororidade, não violência, como também e, especialmente, o apoio ao empreendedorismo feminino, ao desenvolvimento de lideranças e à conscientização da comunidade empresarial mundial da importância de incorporar aos seus negócios práticas e valores que estejam em consonância com o empoderamento da mulher.
Assim, em 2010, a ONU Mulheres  em parceria com o Pacto Global das Nações Unidas, elaborou um grupo de princípios direcionados ao meio empresarial, publicado em documento chamado de  “Women’s Empowerment Principles”, ou seja, Princípios de Empoderamento das Mulheres, que visa orientar sobre práticas e valores relacionadas ao empoderamento das mulheres e à igualdade de gênero no ambiente de trabalho, no mercado de trabalho e na sociedade de maneira geral.


São eles, os 7 Princípios de Empoderamento das Mulheres, segundo a ONU 



  1. Estabelecer liderança corporativa sensível à igualdade de gênero, no mais alto nível.
  2. Tratar todas as mulheres e homens de forma justa no trabalho, respeitando e apoiando os direitos humanos e a não-discriminação.
  3. Garantir a saúde, segurança e bem-estar de todas as mulheres e homens que trabalham na empresa.
  4. Promover educação, capacitação e desenvolvimento profissional para as mulheres.
  5. Apoiar empreendedorismo de mulheres e promover políticas de empoderamento das mulheres através das cadeias de suprimentos e marketing.
  6. Promover a igualdade de gênero através de iniciativas voltadas à comunidade e ao ativismo social.
  7. Medir, documentar e publicar os progressos da empresa na promoção da igualdade de gênero.

Interessante notar que a ONU Mulheres busca trazer esses princípios à comunidade empresarial mundial por entender que o empreendedorismo é, atualmente, um dos mais poderosos instrumentos de transformação da sociedade e, especialmente, de empoderamento dessa mulher que se torna capaz de ser líder de si mesma, de tomar decisões e conduzir sua própria vida de maneira independente e realizadora.
Por outro lado, partindo do pressuposto que o empoderamento da mulher também (e principalmente) ocorre a partir da perspectiva que ela tem sobre si mesma, ou seja, começa de dentro para fora, considero imprescindíveis os princípios abaixo mencionados.

Os 04 princípios internos fundamentais do empoderamento feminino



1. AUTOCONHECIMENTO
Muitas mulheres se veem impotentes frente aos desafios da vida, sem forças para fazer as mudanças que entendem necessárias, sem mesmo saber por onde começar e isso pouco tem a ver com a preparação educacional, o nível intelectual que ela tem.   Existem muitas mulheres com profissão regular, talvez até uma carreira estruturada que tem dificuldade de se colocar ativamente diante dos obstáculos ou  de se posicionar diante de pessoas ou situações abusivas.
Somente quando uma mulher se permite adentrar o seu universo particular e identificar seus pensamentos e emoções dominantes, entende seu processo de tomada de decisões, reconhece seus pontos fortes e também suas limitações e tudo o que, a princípio, surge como um impedimento ao seu crescimento pessoal e profissional, e  o que é necessário fazer para crescer e evoluir, é que se pode começar a falar em empoderamento.
Isso tudo porque não adianta buscar fora o que só é possível encontrar dentro da gente,   há uma frase que que gosto muito e que espelha bem esse entendimento: “o verdadeiro problema é a ausência de si mesma, é não ter conquistado a si mesma”.

2.AMOR PRÓPRIO
O amor próprio é o sentimento de estima, dignidade e respeito que uma pessoa tem por si mesma. Dele decorrem a autoestima, autoimagem positiva, autoconfiança e a segurança.
Assim, uma mulher que se desconectou do  seu amor próprio jamais poderá ser/estar empoderada enquanto não resgatar o seu senso de valor pessoal.
A percepção que a mulher tem de si mesma surge das suas experiências de vida, com destaque para as situações vivenciadas na infância onde é formada sua personalidade, dita como ela se vê emocionalmente, suas qualidades/defeitos e por conseguinte, também como ela se comporta diante da vida, como enfrenta os desafios, como ela se relaciona com o mundo interior e exterior.
Uma mulher que está desconectada do seu amor próprio tende a não se valorizar, a não reconhecer seu poder, sua capacidade e seus pontos fortes. A insegurança e a falta de confiança em si mesma impedem essa mulher de desenvolver e viver com todos os seus recursos, de realizar todo o seu potencial, de se sentir empoderada.

3. AUTORRESPONSABILIDADE

O que acontece na nossa vida pessoal ou profissional ou pessoal, seja bom ou ruim, é uma resposta às nossas decisões (ou silêncio), ao nosso comportamento (ou omissão), aos nossos pensamentos e sentimentos. Ou seja, nossas escolhas, conscientes ou inconscientes que direcionam nossas ações e nossos caminhos, sendo importante também entender que nossas omissões também são escolhas, não somos vítimas de qualquer pessoa muito menos das circunstâncias, ou nos colocamos onde estamos ou nos permitimos estar lá!
Eu costumo dizer que entender essa verdade é ao mesmo tempo assustador e empoderador. Sim, é assustador perceber que se a vida não tá legal nós somos as responsáveis por isso.
Por outro lado, é empoderador porque te permite entender que se eu você está nesta situação hoje, será você a única pessoa capaz de te tirar de lá e te levar para onde você gostaria de ir.
É empoderador também porque você entende que nada está fora do seu controle, por mais que pareça estar. Você sempre pode mudar a rota, fazer novas escolhas, agir de forma diferente porque só você sabe para onde gostaria de ir e sabe também que precisa fazer algo diferente se as ações não te conduzindo para onde você estaria feliz e realizada.

4.INTELIGÊNCIA EMOCIONAL

A inteligência emocional é reconhecida atualmente como um dos maiores pilares dos grandes líderes mundiais. Liderança é não só a capacidade de liderar outras pessoas, mas também a capacidade de liderar a si mesma, algo essencial quando se fala em empoderamento.
Mas, não é só isso.  Autoconhecimento, autocontrole, automotivação, empatia e habilidades sociais são competências da inteligência emocional essenciais ao empoderamento feminino.
A capacidade que uma mulher tem de gerenciar suas próprias emoções e das pessoas com as quais se relaciona cotidianamente, de se manter focada e automotivada na realização dos seus sonhos e objetivos, de reconhecer seu potencial, suas forças e maiores recursos, de desenvolver liderança pessoal dá a ela os elementos essenciais ao verdadeiro empoderamento.
 Esses são os quatro pilares, a meu ver, essenciais ao empoderamento feminino que tanto se busca atualmente. Dotar as mulheres da preparação emocional e mental adequada, ressignificando as crenças limitantes, resgatando seus recursos internos e seu poder pessoal é a única maneira realmente efetiva de concretizar esse espaço onde as conquistas obtidas com os movimentos sociais se realizem e permitam a qualquer mulher viver toda a sua plenitude e potencial. Isso sim é empoderar uma mulher! 🙂



“Quando as mulheres estiverem plenamente conscientes do seu poder, elas poderão usá-lo para transformar a si mesmas e ao mundo ao seu redor.” 

Mirella Faur

Se você deseja aprofundar mais no tema, aqui tem um artigo da Camila Carolina Hildebrand Galetti; Empoderamento feminino e trajetória de vida: os modelos rígidos do “ser mulher”. Você pode baixar Aqui

Se você gostou desse artigo, compartilhe, marque as amigas. É o poder de todas nós juntas que realmente faz a diferença. Juntas somos mais fortes e  podemos ir mais longe!  🙂

Fonte: https://kellycoimbra.com/empoderamentofeminino/




sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019

IRÈNE JOLIOT-CURIE

Irène Joliot- Curie (1897-1956): mulher que marcou historia da química

A química francesa Irène Joliot-Curie (1897 – 1956) é filha do casal Marie Curie e Pierre Curie. Aos 24 anos ela escreve seu primeiro artigo científico. Em 1926 ela se casa com Frédéric Joliot-Curie, que conhece durante o período em que trabalhou no Instituto do Rádio da Universidade de Paris, fundado por sua mãe Marie Curie.
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"É preciso fazer algum trabalho com seriedade e deve ser independente e não meramente se divertir na vida - isso nossa mãe [Marie Curie] sempre nos disse, mas nunca que a ciência era a única carreira que merecia ser seguida".                                                                                                                                                                                                         Iréne Joliiot-Curie

Iréne Joliiot-Curie e Frédéric Joliot-Curie receberam em 1935 o prêmio Nobel de Química pela descoberta da radioatividade artificial. Isso tornou a família Curie a maior ganhadora de prêmios Nobel até hoje.
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Irène Joliot-Curie e Marie Curie

Em 1938, sua pesquisa sobre a ação dos nêutrons nos elementos pesados foi um passo importante na descoberta da fissão do urânio. Indicada para professora em 1932, tornou-se professora na Faculdade de Ciências de Paris em 1937 e depois diretora do Instituto Radium em 1946. Irene participou na criação e na construção da primeira pilha atômica francesa (1948). Ela estava preocupada com a inauguração do grande centro de física nuclear em Orsay para o qual ela elaborou os planos. Este centro foi equipado com um sincro-ciclótron de 160 MeV, e sua construção foi continuada após sua morte por F. Joliot.
Irène Joliot-Curie se interessou pelo progresso social e intelectual das mulheres, tendo sido membro do Comité Nacional da União das Mulheres e do Conselho Mundial da Paz. Em 1936, Irène Joliot-Curie foi nomeada Subsecretária de Estado para a Investigação Científica. Ela era membro de várias academias estrangeiras e de numerosas sociedades científicas, tinha doutorado honoris causa de várias universidades. Ela morreu em Paris em 1956. Os dois filhos do casal, Hélène e Pierre, também se tornaram cientistas.
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Além do Nobel, Irène Joliot-Curie recebeu a Medalha de ouro do Barnard College, por mérito e serviço à Ciência, em 1940, entre outras premiações.

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Fonte: http://socientifica.com.br/2017/03/18-notaveis-mulheres-da-ciencia/